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Fosca, acetinada e semibrilho: qual tinta escolher

Decidir pela melhor opção de tinta para a sua casa pode gerar valorização do imóvel e economia na hora do acabamento

Data
01 de Dezembro de 2020

|Caroline Paulart|

Quem já precisou procurar uma loja de tintas sabe que há uma grande variedade de opções e muitas vezes a dúvida surge na hora de comprar. Por isso, a Folha conversou com o Antônio Carlos Jacomini, empresário há nove anos do ramo das tintas que explicou as principais diferenças entre a tinta com acabamento fosco, semibrilho e acetinada.

Antônio explica que no Brasil o órgão regulamentador da produção das tintas é a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), então todas as tintas com registro na instituição obedecem às normas impostas por ela, sendo testadas e comprovadas. 

“As tintas standard fosco são de segunda linha, têm cobertura boa, sendo usadas para pinturas internas e externas, o que vai dar um rendimento médio, em uma lata de 18 litros, por demão, de 250 m². Já uma linha Premium fosca, que são as tops, suportam maior lavabilidade – resistentes à chuva e Sol -, têm rendimento e cobertura melhor também, além de muitas marcas colocarem garantia contra desbotamento, que dependem da forma de aplicação, em uma lata de 18 litros o rendimento variável de 350 m² até – em casos de ultrarrendimento – 500 m² por demão.”

Já a linha acetinada, ou toque de seda, são as tintas mais nobres, que permite um ganho maior na qualidade, são mais laváveis, não são porosas, não permitem entrada de umidade e não desbotam, não mancham e são antimofo. Entretanto, ela perde um pouco no rendimento, pois, segundo Antônio, essa tinta contém mais resina, que é um produto incolor que permite com que essas qualidades sejam mais evidentes, porém chegam a fazer até 300 m².

“O acetinado está no meio, não chega a ser fosco, mas não é semibrilho. A semibrilho é a mais brilhante de todas e a mais nobre de todas na linha de água. O rendimento é parecido com a tinta acetinada e oferece benefícios bem parecidos, mas essa é ideal para paredes lisas, com poucas imperfeições, pois reflete mais a luz”, diz.

 

Tintas a óleo

Segundo Antônio, poucas empresas ainda fabricam tintas à base de óleo, que são aplicadas em ferros e madeiras para áreas externas. “Agora temos o esmalte sintético à base de solvente, que já é um material mais nobre, vendido em galões de 3,6 litros e 900 ml, que têm acabamento fosco, acetinado e semibrilho, com rendimento na linha Premium de até 70m²”, explica.

Além dessa opção à base de solvente, existe ainda o esmalte à base de água. “Pelo fato de ser tóxico e por conta da poluição, as tintas à base de solvente também tendem a acabar. Esse esmalte à base de água não amarela com o tempo – na cor branca -, enquanto nas outras opções com o tempo ele vai amarelando. O rendimento também varia de 70 a 75m² por demão”, diz.

 

Textura e revestimentos externos

Além da pintura lisa, outras ótimas opções são as texturas para paredes externas ou para criar destaques, além de deixar a parede mais resistente. Uma das técnicas mais conhecidas é o grafiato, mas também existem outras técnicas como ranhura, riscado, espatulado, quadriculada e outras. As cores são feitas de acordo com a preferência do cliente, que compra o material por quilo para ser aplicado por metro quadrado.

“O top que existe hoje para revestimentos externos é a textura projetada, que dá um acabamento diferenciado, mais moderno, mais nobre e valoriza mais o imóvel, que irá usar uma média de 3,5 Kg por m²”, finaliza.